O Gabinete de Articulação para o Enfrentamento da Pandemia na Educação (Gaepe-Mogi) teve como destaque em sua reunião mensal realizada nesta segunda-feira (18/07) as ações de recomposição de aprendizagem realizadas no primeiro semestre – o tema tem sido discutido e acompanhado desde o ano passado pela governança. A pauta do encontro também contou com os desafios da educação em nível nacional, como as alterações nas regras do ICMS que afetam o volume de recursos para a Educação.
“Estamos articulando um trabalho de convencimento dos parlamentares para a derrubada do veto que impede a recomposição plena dos recursos da Saúde e Educação”, destacou Ismar Cruz, conselheiro do Instituto Articule. A secretária de Educação de Mogi das Cruzes, Patricia Helen Gomes dos Santos também apresentou preocupação sobre o tema. “A situação a nível nacional é muito preocupante, que estas inferências das instituições sejam benéficas, se não quem perde é a criança que está na ponta”.
A diretora do Departamento Pedagógico, Elisabete Jacques Urizzi Garcia, falou sobre a frente de trabalho do departamento quanto à recomposição das aprendizagens, relatando as atividades realizadas desde o início deste ano. “Apresentamos uma visão panorâmica para comprovar a tese que avançamos com destaque para os processos avaliativos, como a Sondagem, a E-Aprendi e os resultados preliminares do SAEB”. A apresentação foi feita pela técnica do departamento e integrante da equipe de Avaliação, Maria Cristina Marcatti.
Os resultados das avaliações deverão ser mais detalhados na próxima reunião. “É muito bacana perceber que Mogi tem uma sistemática de avaliação e que ela retroalimenta o trabalho junto aos alunos e professores”, disse Cruz. Foi deliberado pelos participantes que a pauta de agosto também terá o panorama da aprendizagem das redes estadual e particular.
Experiência de outros Gaepes. A reunião abordou ainda o recém-criado Gaepe-Arquipélago do Marajó, que reúne 17 municípios dessa região do Pará e teve sua primeira reunião em 5 de julho. Além disso, Arthur Balbani, associado efetivo do Instituto Articule, apresentou pontos em discussão no Gaepe-Rondônia: a falta de professores, a recuperação de aprendizagem, a divulgação de boas práticas e a judicialização da Educação.
Patricia Helen ressaltou a importância do diálogo entre os poderes. “Conseguimos um avanço positivo nesse sentido, é necessário que os diferentes poderes sentem e conversem. Assim, avançamos para um ponto adequado de atendimento e de entendimento de que precisamos andar juntos para atender a criança e a comunidade”. A próxima reunião do Gaepe-Mogi será em 15 de agosto.
Sobre o Gaepe-Mogi
O Gabinete de Articulação para Enfrentamento da Pandemia na Educação de Mogi das Cruzes (Gaepe-Mogi) é o primeiro gabinete de articulação multi e interinstitucional em nível municipal do País. Ele reúne gestores, representantes do Sistema de Justiça, de órgãos de controle e de organizações da sociedade civil para dialogar e propor ações articuladas com foco no enfrentamento do impacto da pandemia na educação. Idealizado pelo Instituto Articule, a governança é coordenada em parceria com o Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB) e a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).