GAEPE-MOGI FAZ BALANÇO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE TRABALHO, APRESENTA AÇÕES E PROJETA OS DESAFIOS PARA 2022.

A sexta reunião do gabinete mogiano foi a última de 2021. Os encontros devem ser retomados a partir de janeiro do próximo ano.

Compartilhe esse conteúdo em suas redes sociais

O Gaepe-Mogi (Gabinete de Articulação para o Enfrentamento da Pandemia na Educação de Mogi das Cruzes) realizou nesta terça-feira (21/12) a última reunião do ano. O grupo completou seis meses de trabalho com resultados positivos e efetivos no enfrentamento dos desafios trazidos pela pandemia na Educação com a participação de representantes de diferentes setores da sociedade. O encontro também contou com a apresentação das ações realizadas pelos grupos de trabalho de Recomposição e Recuperação da Aprendizagem e de Busca Ativa.

O secretário adjunto de Educação de Mogi das Cruzes, Caio Callegari, relembrou o início da articulação com as diferentes áreas e instâncias envolvidas na Educação do município. “O que a gente sempre deseja para a construção de uma política pública, é que ela seja feita a muitas mãos. Começamos um trabalho com a Brigada da Pandemia com 13 partes representadas e cerca de 30 participantes, que construíram protocolos, checklists e formas das escolas se relacionarem com diferentes secretarias com a missão de enfrentar a pandemia. Hoje temos o Gaepe com 57 participantes e a representação de pelo menos 30 setores. Duplicamos nossa capacidade da troca de saberes”.

Dentre os resultados positivos deste período, a Secretaria de Educação observou o processo bem sucedido de reabertura das escolas, a comunicação com a sociedade que foi aprimorada a partir dos dados da consulta pública sobre o retorno, a antecipação da vacinação para os profissionais da educação, a estruturação do plantão de acolhimento psicoeducacional, a adesão ao programa Busca Ativa Escolar da Unicef, a criação do sistema de monitoramento de frequência dos alunos e a formulação de um programa de recomposição das aprendizagens, o “Aprender mais e ninguém para trás”.

A experiência mogiana tem sido referência para outros municípios. De acordo com Ismar Cruz, conselheiro do Articule, o Gaepe-Mogi é um laboratório que está sendo observado com muita atenção. “Há muitas questões que precisam ser resolvidas na educação e que demandam articulação e diálogo entre as diversas entidades do poder público e da sociedade. Seguimos para 2022 com uma grande expectativa de termos uma continuidade e aprofundamento do trabalho desta governança”.

Alessandra Gotti, presidente executiva do Instituto Articule, reiterou a efetividade do trabalho da governança ao longo desses seis meses de instalação do Gaepe-Mogi, destacando as notas técnicas sobre a importância da vacinação e reforçou que é preciso também olhar para o futuro. “Os Gaepes existentes no Brasil já começam a ser rebatizados para refletir sua atuação permanente. Ainda temos que lidar com os efeitos da pandemia, mas é hora de começarmos a expandir a visão para os desafios estruturais que precisam ser enfrentados na Educação”, afirmou.

Para Elisete Frigo, representante das escolas particulares, o trabalho realizado por Mogi é exemplar. “O caminho trilhado por Mogi, levará esperança e concretude às ações de responsabilidade pública. A Secretaria da Educação é exemplar. Parabéns, valorização dos profissionais, respeito e escuta das professoras, diretoras e tanta gente fantástica”, disse. 

Georgia Patricia da Silva Mariano, conselheira tutelar do Conselho Tutelar de Braz Cubas, destacou a integração entre os setores. “Parabéns a todos atores. Muito bem colocada a contribuição de diversas secretarias, em tão pouco tempo e, principalmente, num momento de dificuldade em que vivemos na pandemia”, disse.

Recomposição e Recuperação da Aprendizagem e Busca Ativa

Representando o grupo de trabalho de Recomposição e Recuperação da Aprendizagem, Callegari apresentou a proposta de um programa estruturado em três eixos: recuperação, recomposição e ampliação das aprendizagens. No que tange à recuperação, são previstas ações em dois momentos: durante as férias de janeiro, em ações de alfabetização das crianças, e ao longo do ano, como uma estratégia perene de apoio e suporte à aprendizagem a partir de carga suplementar de até seis horas por docente. 

O programa, chamado “Aprender mais e ninguém para trás” oferece quatro possibilidades para que os educadores das escolas municipais possam aderir e contribuir com a mitigação das lacunas de aprendizagem. A proposta prevê, ainda, que nesta carga horária seja contemplado um terço para planejamento e formação dos professores.  “A portaria do programa já foi publicada. Optamos por esse formato para demonstrar que essa estratégia será compreendida como uma política sólida da gestão municipal”, afirma Callegari. A participação das escolas superou as expectativas. Das cinco unidades previstas , 28 já fizeram a adesão ao plano de recuperação durante as férias de janeiro. As atividades estão sendo organizadas com apoio do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação.

Sobre a Busca Ativa, Pedro Passos, responsável pela Dimensão de Monitoramento, Avaliação de Indicadores e Suporte, e João Kleber, responsável pela Divisão de Sistema e Monitoramento, apresentaram o trabalho realizado a partir do sistema de monitoramento de frequência dos alunos. A Secretaria de Educação está fazendo a adesão ao programa Busca Ativa Escolar, da Unicef, que também terá um sistema de acompanhamento. O grande desafio para o próximo ano será a integração das bases de dados da Educação com outros setores, como a Saúde e a Assistência Social, para entender a situação dessas crianças e propor ações de busca ativa e diálogo com os pais.

Sobre o Gaepe-Mogi

O Gaepe-Mogi é o primeiro gabinete de articulação municipal do País e reúne gestores, sistema de justiça, órgãos de controle e organizações da sociedade civil para um diálogo interinstitucional sobre as principais questões relacionadas ao impacto e ao enfrentamento da pandemia na educação. Foi idealizado e é coordenado pelo Instituto Articule, em parceria com o Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE/IRB) e a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).  Esse modelo de articulação já está em funcionamento em esfera nacional com o Gaepe-Brasil e nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Posts Recentes

Arquivos